NÍVEL: Educação Infantil
TEMPO ESTIMADO: O ano todo.
JUSTIFICATIVA: Preconceitos, rótulos, discriminação. É inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade - e não apenas em datas comemorativas, como ainda é habitual em vários lugares.
OBJETIVOS:
• Valorizar as culturas indígenas e africanas.
• Respeitar as diversidades culturais.
CONTEÚDOS:
• Heranças culturais africanas e brasileiras.
• Respeito às diversidades culturais.
ATIVIDADES:
RODAS DE CONVERSA
Reunir os pequenos em uma roda abre espaço para conhecê-los melhor. Para entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. Nessa hora, não tema a conversa franca e o diálogo aberto.
VÍDEOS E CONTOS
A contação de histórias merecem lugar de destaque na sala de aula. Ela é o veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de lendas e mitos e enriquecer o repertório. Textos e imagens que valorizam o respeito às diferenças são sempre muito bem-vindos.
Sugestões de leitura: A cor da ternura, Geni Guimarães, 94 págs., FTD; A menina que tinha um céu na boca, Júlio Emílio Braz, 16 págs, DCL; Adamastor, o pangaré, Marianna Massarani, 24 págs., Melhoramentos; Betina, Nilma Lino Gomes, 24 págs, Mazza Edições; Bruna e a galinha d´Angola, Gercilga de Almeida, 24 págs, Pallas; Minhas contas, Luiz Antônio, 48 págs, Cosac Naif; O chamado de Sosu, Meshack Asare, 48 págs, Edições SM; O menino Nito, Sonia Rosa, 16 págs, Pallas; Princesa Arabela: mimada que só ela, Milo Freeman, 32 págs, Ática.
BONECOS NEGROS
As crianças criam laços com esses brinquedos e se reconhecem. É interessante associar esses bonecos ao cotidiano da escola e das próprias crianças, que podem se revezar para levá-los para casa. A presença de bonecos negros é sinal de que a escola reconhece a diversidade da sociedade brasileira. Caso não encontre bonecos industrializados, uma boa saída é confeccioná-los com a ajuda de familiares.
TOQUE
Mexer nos cabelos e trocar pequenos carinhos é uma forma de cuidar das crianças e romper possíveis barreiras de preconceitos. O trabalho com o cabelo abre caminho para estudar tamanho, textura, cor e permite aprender que não existe cabelo ruim, só estilos diferentes.
COMIDA
Pesquisar a história de alimentos de origem africana é um jeito de valorizar a cultura dos afro-descendentes. Melhor ainda se houver degustação, com o apoio da comunidade. As aulas de culinária são momentos ricos para enfocar as heranças culturais dos vários grupos que compõem a sociedade brasileira.
MÚSICA E ARTES PLÁSTICAS
A música desenvolve o senso crítico e prepara as crianças para outras atividades. Conhecer músicas em diferentes línguas, e de diferentes origens, é um bom caminho para estimular o respeito pelos diversos grupos humanos. E isso se aplica a todas as formas de Arte.
PRODUTO FINAL: Exposição dos trabalhos de pesquisas e confeccionados pelos alunos.
AVALIAÇÃO: Observe em brincadeiras e falas se as crianças aceitam bem a diversidade e se todos valorizam suas origens e a auto-imagem.
Fonte: Site revista Nova Escola
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