sábado, 25 de agosto de 2012

Atividades Musicais permanentes • Momento musical Ouvir e cantar uma ou mais músicas todos os dias, formando uma grande roda com todos os alunos. • Espaço musical Em um canto da sala, a professora deverá organizar um espaço aconchegante onde haja um gravador, um fone de ouvido, fitas e CDs, de modo que seus alunos, individualmente ou em duplas, possam ouvir suas músicas preferidas. • Meu caderno de canções Ter um caderno bonito e caprichado para a cópia das letras das músicas preferidas e que será levado para casa, onde outras pessoas poderão escrever letras de sua preferência. Pode ser uma atividade significativa para a ampliação do repertório de canções. • Vaivém de um gravador Gravar as crianças cantando e combinar que cada aluno terá, uma vez por semana, a oportunidade de levar o gravador para casa e de ouvir as músicas junto de seus familiares. • Surpresa musical Uma vez por semana, cada aluno trará um CD ou fita cassete de casa para apresentar aos colegas (mesmo que a música de sua preferência nada tenha a ver com as músicas escolhidas para o trabalho; esta é uma boa oportunidade para conhecer os diferentes gostos e ampliar o repertório de músicas da classe). Outra idéia é promover empréstimos de CDs e fitas entre os alunos. • Desenho Produzir imagens (desenhos de trechos das letras, representação dos passos das danças ou brincadeiras musicadas, desenho livre com fundo musical etc.)

domingo, 19 de agosto de 2012

I - ESTRUTURAÇÃO GLOBAL DO TEXTO
 1) O CONCEITO DE TEXTO Todo texto é construção. Isso significa que texto não é um amontoado de frases, mas um conjunto organizado, no qual seja possível identificar partes e estabelecer relações entre as partes e entre os elementos que as compõem. O texto também dialoga com as idéias da sociedade e da época em que foi produzido. Perceber esse diálogo faz parte da busca do tema ou assunto que sustenta qualquer texto. Todo texto revela urna intenção. Quanto mais clara for a intenção para quem escreve, melhor poderão ser trabalhados os recursos pertinentes a cada estrutura. E por fim há a figura do leitor que, para se comunicar com o autor, tem apenas o texto. O texto deve, portanto, conter todas as informações necessárias - e somente as necessárias - para comunicar ao leitor aquilo que pretende.
 2) TIPOLOGIA TEXTUAL Tudo o que se escreve recebe o nome genérico de redação ou composição textual. Basicamente, existem três tipos de redação: narração (base em fatos), descrição (base em caracterização) e dissertação (base em argumentação). Cada um desses tipos redacionais mantém suas peculiaridades e características. A) Tipologia de acordo com a estrutura . Narrativos Modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Estamos cercados de narrações desde que nos contam histórias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano. Exemplo: Numa tarde de primavera, a moça caminhava a passos largos em direção ao convento. Lá estariam a sua espera o irmão e a tia Dalva, a quem muito estimava. O problema era seu atraso e o medo de não mais ser esperada... . Descritivos Tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, por sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Exemplo: Seu rosto era claro e estava iluminado pelos belos olhos azuis e contentes. Aquele sorriso aberto recepcionava com simpatia a qualquer saudação, ainda que as bochechas corassem ao menor elogio. Assim era aquele rostinho de menina-moça da adorável Dorinha. Observação: Normalmente, narração e descrição mesclam-se nos textos; sendo difícil, muitas vezes, encontrar textos exclusivamente descritivos. . Dissertativos Estilo de texto com posicionamentos pessoais e exposição de idéias. Tem por base a argumentação, apresentada de forma lógica e coerente a fim de defender um ponto de vista. É a modalidade mais exigida nos concursos em geral, por promover uma espécie de “raio-X” do candidato no tocante a suas opiniões. Nesse sentido, exige dos candidatos mais cuidado em relação às colocações, pois também revela um pouco de seu temperamento, numa espécie de psicotécnico. Exemplo: Tem havido muitos debates em torno da ineficiência do sistema educacional do Brasil. Ainda não se definiu, entretanto, uma ação nacional de reestrutura do processo educativo, desde a base ao ensino superior. O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.
 3) TIPOS DE DISCURSO Assim como as pessoas, os personagens de uma narração podem se expressar através da fala. Damos o nome de discurso à fala dos personagens em uma narração. Há três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. 1.Discurso Direto Observe esse trecho do texto de Stanislaw Ponte Preta: “E lá chegando, pediu audiência a Pedro e perguntou: — Qual é o lance aqui?” O narrador, após introduzir o personagem, deixa que ele se expresse por suas próprias palavras. Observe, no exemplo, que a fala “Qual é o lance aqui?” foi dita pelo próprio personagem-falecido e reproduz (ou tenta reproduzir) fielmente aquilo que ele teria dito a Pedro naquele instante. Temos ai um exemplo de discurso direto. No discurso direto, a fala do personagem é normalmente acompanhada por um verbo de elocução (verbo que introduz a fala do personagem: dizer, falar, responder, perguntar, afirmar, etc.) entre o qual e a fala do personagem não há conectivo, mas uma pausa marcada, na escrita, por sinal de pontuação (em geral dois-pontos e travessão). 2.Discurso Indireto Observe, agora, esse outro trecho de Stanislaw Ponte Preta “Ele agradeceu muito e disse a Pedro que ia dar uma voltinha para escolher o seu departamento.” Nesse caso, o personagem da história não fala com suas próprias palavras. O narrador é quem reproduz com suas próprias palavras aquilo que o personagem teria dito. Temos aí um exemplo de discurso indireto. No discurso indireto, há também a presença de verbo de elocução (que será núcleo do predicado da oração principal) seguido de oração subordinada introduzida por conectivo. 3.Discurso Indireto Livre O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto, em que se associam as características do discurso direto e do discurso indireto. Nele a fala do personagem se insere sutilmente no discurso do narrador, permitindo-lhe revelar aspectos psicológicos do personagem, já que esse tipo de discurso pode revisar o fluxo do pensamento do personagem através de uma fala marcada por hesitações. No discurso indireto livre, a fala do personagem não é marcada por verbo de elocução ou por sinais de pontuação. “O padeiro saiu a informar que não havia pão.Por quê? Onde estava o pão?” B) Tipologia de acordo com a intencionalidade a) Gêneros Textuais Muito se tem falado sobre a diferença entre "tipos textuais" e "gêneros textuais". Alguns teóricos denominam dissertação, narração e descrição como "modos de organização textual", diferenciando-os das nomenclaturas específicas que são consideradas "gêneros textuais". A fim de simplificar o entendimento de diversos estudos em torno desse assunto, foi criado o quadro abaixo, pautando-se no estudo de Luiz Antônio Marcushi. * INFORMATIVOS - Modalidade textual usada para fins didáticos, isto é, para ensinar. É muito comum nos livros didáticos; Português, História, Geografia, Ciências, etc. A sua ênfase está no conteúdo que se quer transmitir. Também é usado em jornais, revistas, TV, e outros meios de comunicação que fornecem notícias, comunicados, etc. * PERSUASIVOS - Modalidade de texto em que se procura convencer alguém de alguma coisa, isto é, que o leitor se deixe influenciar pela sua leitura. Muito usado nos comerciais ( propagandas) veiculados em jornais, revistas, TV, rádio, outdoors, cartazes, etc. * LÚDICOS - Modalidade textual destinada à distração, ao entretenimento. São geralmente textos literários, como crônicas, contos, novelas, romances. Também as piadas, charges, tirinhas, e outros do gênero, são considerados lúdicos, pois pretendem divertir o leitor. b) Gêneros Discursivos * Crônica: Por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo curto, de minutos ou horas normalmente. *Carta: Pode ser formal ou informal. Como exemplo de carta formal temos as cartas comerciais. As que escrevemos para familiares, amigos, conhecidos, são cartas informais. * Notícia: A noticia é o mais simples e banal dos textos jornalísticos. É definida, tanto por autores como por jornalistas, através de critérios de seleção dos acontecimentos. Mário Erbolato afirma que a notícia deve ser recente, objetiva e ter interesse público. Já Nilson Lage afirma: “poderemos definir notícia como o relato de uma série de fatos a partir do fato mais importante, e este de seu aspecto mais importante”. O Manual de Redação da Folha de São Paulo aponta que a notícia é a “informação que se reveste de interesse jornalístico, puro registro dos fatos, sem comentário nem interpretação.” * Reportagem: A reportagem busca mais: partindo da própria noticia, desenvolve uma seqüência investigativa que não cabe na noticia”. * Editorial: Expressa a opinião do editor sobre assunto em destaque no momento, através de argumentos e análise dos fatos. * Charge: Satiriza um fato específico. Os personagens muitas vezes são personalidades públicas ( políticos, governantes...). Pode usar linguagem verbal, não-verbal ou as duas juntas. São publicadas em jornais e revistas. * Tira: Tem como característica o fato de ser uma piada com 2, 3 ou 4 quadrinhos, e geralmente ter um personagem fixo, em torno do qual agem outros. O tema sempre é sobre algum aspecto a condição humana. * Receita: É um tipo e texto que tem forte apelo popular, pois é comum as pessoas passarem receitas uma para as outras.
 II - COMPREENSÃO GLOBAL DO TEXTO 1) Idéias Principais e Secundárias O processo de compreensão de texto consiste, basicamente, na identificação de idéias de um texto, para isso é necessário, portanto, buscar: a) a idéia principal, isto é, a idéia básica; b) as idéias secundárias, tudo o que o autor escreve para comprovar, analisar a idéia principal; c) o reconhecimento de palavras ou expressões que possam dar validade ao entendimento das idéias expressas no texto. Assim, na interpretação de texto o que interessa é o próprio texto, por isso, tudo o que é necessário para justificar o nosso entendimento encontra-se nele ou dele se depreende. Para responder às questões de compreensão de textos, observe o seguinte: . atenha-se exclusivamente ao texto; . proceda através da eliminação de hipóteses; . compare o sentido das palavras, às vezes uma única palavra pode indicar a melhor alternativa; . tente encontrar o tópico frasal, a idéia principal, ou seja, a frase que melhor sintetize o texto.. 2) Informações Literais e Inferências Muitas vezes, os leitores reconhecem e compreendem as palavras de um texto, mas se mostram incapazes de perceber .satisfatoriamente o seu sentido como um todo. Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o texto nem sempre fornece todas as informações possíveis. Há elementos implícitos que precisam ser recuperados pelo leitor para a produção do sentido. A partir de elementos presentes no texto, estabelecemos relações com as informações implícitas. Por isso, o leitor precisa estabelecer relações dos mais diversos tipos entre os elementos do texto e o contexto, de forma a interpretá-lo adequadamente. Algumas atividades são realizadas com esse objetivo. Entre elas está a produção de pressuposições, inferências ou subentendidos. Pressuposição: é o conteúdo que fica à margem da discussão, é o conteúdo implícito. Assim, a frase “José parou de beber ” veicula a pressuposição de que José bebia antes;“José passou a estudar à noite” contém a pressuposição de que antes estudava de dia, mas contém também a pressuposição de que ele não estudava antes, dependendo da ênfase colocada em passar a ou em à noite. Vale lembrar que, nestes exemplos, a pressuposição é marcada lingüisticamente pela presença dos verbos parar de, passar a. Existem também pressuposições que não apresentam marca línguística; estes tipos de pressuposição denominam-se inferências ou subentendidos. Inferências: são informações normais que não precisam ser explicitadas no momento da produção do texto; são também chamadas de subentendidos. O exemplo seguinte ajuda a entender esta noção: “Maria foi ao cinema, assistiu ao filme sobre dinossauros e voltou para casa.” Lendo esta frase, o leitor recupera os conhecimentos relativos ao ato de ir ao cinema: no cinema existem cadeiras, tela, bilheteria; há uma pessoa que vende bilhetes, outra que os recolhe na entrada; a sala fica escura durante a projeção, etc. Enfim, isto não precisa ser dito explicitamente. Se assim não fosse, que extensão teriam nossos textos para fornecer, sempre que necessário, todas estas informações? Daí a importância das inferências na interação verbal. Se quiséssemos dizer que Maria não conseguiu ver o filme até o final, isto teria que ser explicitado, porque, normalmente, a pessoa vê o filme inteiro. A retomada do texto através de inferências é feita com base em conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passa com os processos de informação literais. 3) Significado de Palavras e Expressões Vocabulário/Sentido das Palavra O ideal seria que as palavras de uma língua tivessem um significado único, correpondessem a apenas uma idéia. Porém, isso não ocorre em nenhum idioma, e o que determina o valor de cada uma delas é o contexto, o sentido que queremos dar-lhes. Esses variados sentidos situam-se em dois planos: denotação e conotacão, compreendendo dois aspectos: denotativo ou literal e conotativo ou contextual. . Sentido denotativo ou literal é o que pode ser tomado como sentido “básico” de uma palavra ou expressão e que pode ser apreendido sem ajuda do contexto. isto é, quando uma palavra é tomada no seu valor usual ou denotativo, vaie dizer, praticamente naquele que lhe atribuem os dicionários. asse sentido comum ou usual das palavras e enunciados costuma caracterizar os textos informativos e objetivos. . Sentido conotativo ou contextual: quando a palavra é usada em seu valor afetivo, contextual. Seu sentido não é tomado literalmente, mas ampliado e modificado de acordo com a opinião ou sentimento, que variam conforme a sensibilidade, a cultura e os hábitos do falante ou ouvinte, do autor ou leitor. A conotação é muito usada na poesia, na propaganda, na música, na imprensa e na coloquialidade. 4) Coesão Textual A redação de um bom texto depende da articulação de idéias e palavras. Na elaboração de um texto coeso empregam-se, de forma adequada, elementos coesivos que formam uma estrutura clara e coerente nas frases. Há vários recursos linguísticos que podem ser usados para unir orações e parágrafos, criando uma unidade textual. Entre eles destacam-se: conjunções, preposições, pronomes e advérbios.Um elemento de coesão bastante usado é a conjunção e, que indica adição, continuidade. Além desse, os elementos de coesão mais comuns, que podem ser citados de acordo com os sentidos que expressam, são: por isso, pois (causa e conseqüência); mas, contudo, embora (contraste, oposição); além disso, também, à3 nem (adição, continuação); segundo, conforme (semelhança, comparação); principalmente, sobretudo (prioridade, relevância); por exemplo, ou seja (esclarecimento); logo, dessa forma, portanto (conclusão). Se esses elementos forem mal empregados, o texto será uma junção desconexa de frases, com uma linguagem ambígua e incoerente. É preciso atenção na escolha do conetivo adequado para unir e organizar todas as partes de um texto. 5) Coerência textual A coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as idéias apresentadas num texto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se afirma para os interlocutores.